ROSANA HESSEL
Após divulgar queda de 0,4% na produção industrial em junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recuo de 1,4% no volume de vendas do comércio nacional, comprovando que a economia brasileira não está decolando como o ministro da Economia, Paulo Guedes, costuma afirmar. E, para piorar, os dados do IBGE mostram que Brasília está pior do que a média global.
De acordo com os dados o órgão ligado ao Ministério da Economia, o volume de vendas do comércio varejista no Distrito Federal — onde a renda per capita é uma das maiores do país — também sucumbiu à crise em curso provocada pela inflação global e registrou queda de 2,2% no mês de junho em relação a maio. O dado negativo nacional, de 1,4%, foi pior que as estimativas do mercado, pois previam recuo de 1%.
“O resultado de junho traz a maior variação negativa para o comércio desde dezembro do ano passado, quando a queda foi de 4,8%. O varejo no Distrito Federal ainda se encontra 10,3% abaixo do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, de antes da pandemia”, destacou a nota do IBGE com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (10/8).
Na série sem ajuste sazonal, frente a junho de 2021, o volume de vendas do varejo caiu 1,2% na capital federal, interrompendo uma sequência de quatro altas consecutivas. No primeiro semestre do ano, há uma alta acumulada de 2,9% frente ao mesmo período de 2021, e, nos últimos 12 meses, perda de 3,1% na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores.