IBGE: Inflação dos mais pobres acelera e sobe 0,77% em fevereiro

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ROSANA HESSEL

A inflação dos mais pobres, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), registrou alta de 0,77% em fevereiro, acima do percentual registrado no mês anterior, de 0,46%, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (10/3), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A variação do INPC foi menor do que a da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 0,84% no mês passado, mas ambos registraram aceleração.

O resultado do INPC de fevereiro reflete a desaceleração dos preços dos alimentos, que registraram variação de 0,04%, em fevereiro, após registraram elevação de 0,52%, em janeiro, segundo o IBGE. Entretanto, nos produtos não alimentícios aconteceu o inverso, segundo o IBGE, pois a carestia avançou 1,01%, acima do resultado de 0,44% registrado no primeiro mês do ano, o que contribuiu para que o indicador tivesse uma variação maior do que no mês anterior.

O INPC, utilizado para a correção do salário mínimo, acumula altas de 1,23% no ano e de 5,47% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. No mesmo período observado até janeiro, a variação do indicador foi de 5,47%. Em a variação da taxa foi de 1%.

De acordo com o IBGE, todas as 16 áreas metropolitanas pesquisadas tiveram variação positiva do INPC em fevereiro. O menor resultado foi registrado em Brasília, de 0,34%, onde pesaram as quedas nos preços da gasolina (-2,43%) e das passagens aéreas (-10,06%). A maior variação do indicador ocorreu em Curitiba, de 1,02%, puxada pelas altas de 6,22% da energia elétrica residencial e de 3,37% da gasolina.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento mensal de até salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange 10 regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Vicente Nunes