Homem que matou brasileira e quase tirou a vida da enteada pega 25 anos de prisão

Compartilhe

A Justiça de Portugal condenou a 25 anos de prisão, a pena máxima no país, um homem que assassinou a facadas a mulher e tentou matar a enteada, a qual ele violentava. O crime ocorreu em outubro de 2022.

Foram imputados ao assassino os crimes de homicídio, tentativa de homicídio, abuso sexual e violência doméstica. Ele ainda terá de pagar 120 mil euros (R$ 660 mil) para a enteada.

O juiz responsável pelo julgamento considerou o assassino uma pessoa fria, sem qualquer sentimento. O condenado tinha três filhos com a mulher que ele matou. Todos os nomes dos envolvidos no caso são mantido em sigilo para proteção das crianças.

No dia do crime, o assassino, que já estava separado da mulher, por causa de violência doméstica, chegou à casa onde a brasileira morava com os filhos. Assim que ele abriu a porta da residência, atacou a enteada com um taco de beisebol.

À época, a menina tinha 13 anos e só não morreu por um milagre. A violência contra ela foi tamanha, que foi obrigada a se submeter a uma série de cirurgias, a mais recente, antes do julgamento do padrasto. A garota ficou com sequelas motoras e neurológicas.

Pouco depois da agressão do homem à enteada, também nascida no Brasil, a mãe da menina chegou do trabalho e foi assassinada a facadas pelo ex-marido. Era a menina quem cuidava dos irmãos para que a mãe trabalhasse.

A Justiça ainda precisa definir o destino da jovem, hoje com 15 anos, e dos três irmãos. Uma tia-avó da menina, que mora no Brasil, está em Portugal cuidando dela. As outras três crianças estão em um abrigo do governo.

O pai biológico da menina, que vive no Brasil, já se manifestou judicialmente que gostaria de ficar com a jovem. Uma família ligada à mãe da garota se candidatou a adotar as outras três crianças. O Estado brasileiro já encaminhou à documentação dessa família à Justiça de Portugal.

A menina mudou-se com a mãe do Brasil para Portugal quando tinha apenas três anos. A mãe havia se casado novamente e queria tentar a vida no país europeu. Mesmo do outro lado do Atlântico, o pai biológico esteve sempre presente na vida da garota.

A advogada da menina, Núbia Nascimento Alves, afirmou à CNN de Portugal que a condenação do padrasto, de certa forma, é um alívio não só para a jovem, mas também para a família, pois houve uma resposta da Justiça.

Vicente Nunes