A cada dia, está mais claro que a equipe econômica do governo interino de Michel Temer está sem criatividade e repetindo a mesma política econômica de Dilma Rousseff. Só mudaram os personagens, mas a roupagem é a mesma.
Os gastos continuam a todo vapor, a política de adoçar a boca de políticos por meio da liberação de emendas se mantém ativa e, agora, descobre-se que o plano de privatização que prevê arrecadar até R$ 30 bilhões em 2017 é o mesmo vendido como salvação por Joaquim Levy e Nelson Barbosa, ex-ministros da Fazenda.
A meta é vender parte do capital da Caixa Seguridade e do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e se desfazer de participações que a Infraero detém em aeroportos, além de incrementar concessões de rodovias e aeroportos. Ora, não há nada de novo nesse pacote. Isso já vem sendo prometido há anos.
Com essa maquiagem, a equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pretende criar fatos positivos a fim de acalmar os ânimos dos investidores e especialistas, que já perceberam que mudou o governo, mas tudo continua como sempre esteve na política econômica.
Meirelles chegou à Fazenda prometendo mundos e fundos. Contudo, nada de concreto fez até agora a não ser repetir o que seus antecessores faziam: prometer medidas e aumentar as previsões de rombo nas contas públicas.
A sorte de Meirelles é que ele conta com a proteção da maior parte da mídia e de analistas que odeiam Dilma Rousseff. Num país sério, a máscara do ministro já tinha caído há muito tempo.
Brasília, 09h15min