Fed eleva taxa de juros básicos em mais 0,25 ponto percentual

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

 

Em mais um dia de decisões dos comitês de política monetária do Brasil (Copom) e dos Estados Unidos (Fomc), o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) elevou, nesta quarta-feira (3/5), a taxa de juros básica norte-americana em mais 0,25 ponto percentual, elevando o intervalo para 5% a 5,25%, como o esperado pelo mercado.

 

No comunicado, o Fed ainda reforçou a preocupação em alcançar a taxa de inflação de 2% ao ano no longo prazo e sinalizou que pretende enxugar a liquidez do mercado. “A atividade econômica expandiu-se por um ritmo modesto no primeiro trimestre. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada”, destacou o documento.

 

“O Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívidas de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências, conforme descrito em seus planos anunciados anteriormente. O Comitê está fortemente empenhado em retornar a inflação ao seu objetivo de 2%”, destacou o texto do Fed.

 

Na avaliação do Fed, o sistema bancário dos EUA “é sólido e resiliente”. “Condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas devem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos permanece incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação”, destacou.

 

De acordo com o comunicado, o Fomc “continuará monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas”.  “O Comitê estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso surgissem riscos que pudessem impedir o alcance de suas metas. “, acrescentou.

 

Votaram a favor da decisão de política monetária Jerome H. Powell, presidente; John C. Williams, vice-presidente; Michael S. Barr; Michelle W. Bowman; Lisa D. Cook; Austan D. Goolsbee; Patrick Harker; Philip N. Jefferson; Neel Kashkari; Lorie K. Logan; e Christopher J. Waller.

 

Mais tarde, será a vez do Copom divulgar a sua decisão. O consenso do mercado é de manutenção da taxa básica da economia (Selic) em 13,75% ao ano. Contudo, crescem as apostas de analistas de que haverá mudança na meta de inflação de 2024, na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) de junho, que poderá subir dos atuais 3% para 4% ou 4,5%.