O presidente Michel Temer deu total liberdade para o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, escolher se continua no cargo, no qual recebe o teto do funcionalismo, R$ 33,7 mil por mês, ou se vai para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), onde terá salário mensal de quase R$ 100 mil.
“Não forçaremos Dyogo a nada. A escolha será dele”, diz Temer a assessores, quando questionado sobre o assunto. Dyogo, porém, terá que decidir até 7 de abril, quando Temer espera ter fechado seu novo governo, depois da saída daqueles que vão concorrer a um cargo eletivo.
A princípio, na equipe econômica, Temer terá que substituir Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda — e aí, o escolhido é Eduardo Guardia, secretário executivo — e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, que se filiou ao PSC para disputar o Palácio do Planalto. Rabello de Castro, inclusive, se casou depois de 20 anos de união estável para agradar o Pastor Everaldo, dono do PSC.
Há duas possibilidades para o comando do BNDES: Dyogo Oliveira ou Mansueto Almeida, hoje secretário de Acompanhamento Fiscal. Se Dyogo permanecer do Planejamento, Mansueto pode ir para o BNDES. Caso Dyogo decida ir para o comando o banco, Mansueto tende a ser deslocado para o Planejamento.
“Esses detalhes estão sendo fechados. O importante é que temos boas opções, que, certamente, serão endossadas pelo mercado”, ressalta um assessor de Temer. Segundo ele, nada impede que também Mansueto continue na Fazenda e Dyogo, no Planejamento, com um dos diretores do BNDES sendo alçado à presidência da instituição. Essa hipótese é a menos provável hoje, mas está no cardápio.
Temer está convencido de que a transição da equipe econômica será tranquila, com todas as diretrizes mantidas. Não há porque, no entender do presidente, mexer muito num time que está ganhando. Só serão preenchidas, e com muito critério, as vagas que serão abertas.
Brasília, 14h03min