A reação da economia deu uma boa ajuda às micro e pequenas empresas, mas duas em cada 10 delas continuam penduradas no cheque especial por não terem faturamento suficiente para cobrir todas as despesas.
Segundo o Sindicato de Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi), 23% dos associados recorreram ao cheque especial em agosto, mesmo tendo que pagar juros altíssimos. Ou era isso, ou era o calote, o que, no entender dos empreendedores, é pior.
Na avaliação do Simpi, a situação financeira das micro e pequenas indústrias apresenta uma mudança de tendência da curva, sinalizando melhora, mas com graves problemas. Para 34% das empresas, o quadro atual está ótimo ou bom. Para 41%, a situação ainda é regular. Já para 25%, a situação está ruim ou péssima.
O sindicato constatou que o cheque especial está sendo mais usado pelas micro indústrias: são 25% do total. Nas pequenas, a utilização é de 15%. A perspectiva é de que, à medida que a recuperação econômica for se consolidando, os empreendedores se livrem do cheque especial.
Brasília, 14h01min