RAFAELA GONÇALVES
A terça-feira (21/01) está sendo marcada por grande ansiedade no mercado financeiro. A ponto de o dólar romper, novamente, a barreira dos R$ 4,20, com alta de 0,3%.
Além da perspectiva de nova queda da taxa básica de juros (Selic) na reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom), o que afasta mais o capital estrangeiro das operações de renda fixa, há o temor com um vírus desconhecido na China.
Esta semana é de feriado na segunda economia do planeta. E a população costuma se deslocar para comemorar o novo ano lunar. Isso aumenta o risco de o vírus desconhecido se propagar. Já são muitas as mortes.
Os analistas temem o impacto econômico do vírus, uma vez que a China já não cresce mais dois dígitos. O Produto Interno Bruto (PIB) vem se expandindo ao redor de 6% ao ano, limite para que o país possa continuar agregando pessoas ao mercado de consumo.
América Latina
Por aqui, quanto mais baixos os juros básicos, menos atraente o país fica aos olhos dos investidores. Muitos se aproveitavam da Selic elevada para ganhar com o diferencial de taxas. No mundo desenvolvido, os juros estão próximos de zero. Com a Selic a 4,5% ao ano, essa possibilidade de ganho praticamento acabou.
Sendo assim, os investidores esperam, agora, por notícias mais promissoras na economia para retornarem com tudo ao Brasil. O Ministério da Economia prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer entre 2,5% e 3% neste ano.
Estudo realizado pelo Santander com investidores da América Latina mostra que o Brasil ainda é a aposta preferida para 2020 dos gestores de recursos quando se olha a região.
Dos 241 entrevistados pelo banco espanhol, 58% (113) indicam que o Brasil apresentará rentabilidade maior em suas aplicações do que em outros países. Outros 22% apontam que isso acontecerá no México.
Se o dólar sobe, a Bolsa de Valores cai. Mas ainda se mantém acima dos 118 mil pontos.
Brasília, 11h59min