DF foi a unidade da Federação que mais reduziu empregos formais em 2018

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Levantamento divulgado nesta quinta-feira (17/10) pelo Ministério da Economia traz um dado desalentador para o Distrito Federal. A capital do país foi a unidade da Federação que mais fechou vagas de trabalho formal, ou seja, com carteira assinada, em 2018. Desapareceram 53,6 mil postos de trabalho.

Os dados constam na Relação Anual de Informação Social (Rais), que faz um retrato fiel do mercado formal de trabalho no país. No total, o Brasil abriu 349.525 vagas com carteira assinada em 2018, ante as 221.392 do ano anterior.

O Distrito Federal tem uma dependência enorme do governo federal. Como a União está com o caixa apertado, restringindo contratações, isso impactou diretamente os demais setores da economia da capital.

O péssimo desempenho do mercado de trabalho no DF surpreendeu, pois o fechamento de vagas foi quase o dobro do registrado no Rio de Janeiro, que enfrenta uma crise sem precedentes. No Rio, foram limadas 27,2 mil vagas formais.

Pelo levantamento da Rais, houve fechamento de empregos formais no DF e em mais sete estados, entre eles, Goiás (-7,7 mil) e Acre (-5 mil). Nos demais, a criação de vagas foi puxada por São Paulo (+119,2 mil), Minas Gerais (+49,9 mil) e Santa Catarina (+49,2 mil).

Reação

O Governo do Distrito Federal acredita que o resultado de 2019 será bem diferente, tanto que o Produto Interno Bruto (PIB) da capital está crescendo quase o dobro da média nacional, de 0,8%. Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional, Ruy Coutinho, uma série de programas está sendo colocada em prática para estimular a criação de empregos.

Entre os projetos há o que trata de pequenos reparos em escolas. A meta é trazer para a formalidade pintores, pedreiros, eletricistas, jardineiros, entre outros profissionais. Coutinho acredita que a privatização de estatais como a CEB também ajudará a incrementar a economia local.

Na visão do secretário, é possível que, já no ano que vem, com parte dos projetos andando, se reduza em 20% o contingente de desempregados do DF, de mais de 300 mil pessoas. Isso significará a criação de pelo menos 60 mil vagas com carteira assinada.

Brasília, 18h01min

Vicente Nunes