Pais de alunos protestam contra calote do Colégio Alub

Compartilhe

É grande a revolta entre pais de alunos do Colégio Alub, que fechou as portas de suas unidades no Distrito Federal e se recusa a dar explicações concretas se vai ou não continuar suas atividades.

Para exigir uma resposta clara, os pais dos estudantes marcaram um protesto para esta sexta-feira (18/10) em frente à unidade do Alub em Taguatinga. De lá, seguirão para o Procon, onde registrarão queixa.

O Alub enfrenta sérias dificuldades desde que seu dono, o empresário carioca Arthur Mário Pinheiro Machado, foi preso em uma das fases da Lava-Jato. Ele foi acusado, dentro da Operação Rizoma, pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção por meio de fraudes nos fundos de pensão dos Correios, o Postalis, e do Serpros, do Serpro.

Nesta semana, o Alub interrompeu as aulas, alegando que precisava reorganizar seu quadro de professores, que, sem receber os salários, entraram em greve. Quem acompanha o dia a dia da rede de colégios, no entanto, garante que, dificilmente, as portas serão reabertas.

Drama

Desesperados, pais que tentaram entrar em contato com o Alub conseguiram, no máximo, contato com uma funcionária que disse se chamar Renata. Ela afirmou a todos que o encerramento das atividades do colégio é para valer.

Diante desse quadro dramático, pais de alunos já estão em busca de outras escolas para que os estudantes possam concluir o ano letivo. Alguma instituições já estão se movimentando para recebê-los.

Por enquanto, não houve nenhuma manifestação por parte do Ministério da Educação em relação ao calote dado pelo Alub. Mas os pais dos estudantes prejudicados prometem cobrar uma posição, uma vez que cabe ao ministério fiscalizar o setor educacional.

Os pais suspeitam que o Alub vinha sendo usado por seu dono dentro do esquema criminoso que foi desbaratado pela Lava-Jato e pedem que a polícia entre no assunto.

Brasília, 19h02min

Vicente Nunes