Enquanto isso, a empresa agoniza, mergulhada em prejuízos bilionários. Os funcionários da estatal estão em greve. Não há nenhuma perspectiva para else, que tiveram as férias suspensas e benefícios cortados. Eles podem, inclusive, ficar sem plano de saúde. Mas isso não importa quando se quer agradar os políticos.
Desmandos
A influência de Faria e de seu pai, Robson Faria (PSD-RN), governador do Rio Grande do Norte, também garantiu emprego para outro amigo dos dois na empresa pública. O vice-presidente de Serviços, Paulo Roberto Cordeiro, foi secretário estadual na gestão de Robson. Cordeiro é um dos vice-presidentes da estatal que foram suspensos pela Justiça por não cumprirem os requisitos previstos na lei das estatais para ocupar o posto. Após um recurso dos Correios, ele e os outros voltaram a trabalhar na empresa.
O governo, infelizmente, não está fazendo nada para salvar os Correios. Na verdade, ao entregar a estatal para políticos só está antecipando o seu fim. Nos últimos dois anos, as perdas dos Correios passaram de R$ 4 bilhões. O fundo de pensão dos empregados da estatal, o Postalis, foi saqueado e acumula rombo de mais de R$ 6 bilhões.
Somente para cobrir o buraco no Postalis, os carteiros terão que bancar uma contribuição extra ao longo de 23 anos. Para os políticos que saquearam a fundação e estão sugando os Correios, que se danem os trabalhadores. A ordem é tirar o máximo que puderem do patrimônio público enquanto houver tempo.
Brasília, 13h15min