Em meio a tantas notícias ruins, vale registrar: voltou a crescer o número de beneficiários de planos de saúde. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 144 mil pessoas entraram no sistema em fevereiro, a maioria por meio de planos empresariais.
Pelos cálculos da ANS, o total de beneficiários de planos médicos passou de 47,512 milhões para 48,957 milhões. No caso dos convênios empresariais, o saldo passou de 31,462 milhões para 32,481 milhões. Houve, porém, decréscimos nos planos odontológicos, de 22,142 milhões para 20,867 milhões.
A forte crise econômica e o elevadíssimo número de demissões provocaram retração do mercado de saúde complementar durante todo o ano de 2016. A expectativa é de que a retomada do crescimento, ainda que gradual, promova uma melhoria no setor.
Quando os trabalhadores perdem a cobertura de planos de saúde, são obrigados a recorrerem à rede pública, que, infelizmente, não está preparada para atender a população. As administradoras de planos, porém, precisam prestar serviços melhores. Mesmo pagando caro, os consumidores penam para ter acessos a muitos serviços.
O governo acredita que, com a criação de planos de saúde populares, o mercado vai crescer. Mas os órgãos de defesa do consumidor dizem que esses convênios têm tudo para engordar o caixa das operadores sem a garantia de prestação de serviços. Para Maria Inês Dolci, da PróTeste, é enorme o risco de os trabalhadores comprarem gato por lebre, ou seja, pagarem e não receberem.
Brasília, 17h35min