Com o anúncio, a Selic continua no patamar mais baixo da série histórica, iniciada em 1986. Segundo o comunicado do Copom, os indicadores recentes da atividade econômica continuam evidenciando recuperação da economia brasileira, “em ritmo mais gradual que o vislumbrado no início do ano”.
O Banco Central entendeu que o cenário externo permanece desafiador, com apetite ao risco menor em relação a economias emergentes. Ou seja, o Brasil perdeu atratividade para investimentos. “Os principais riscos seguem associados à normalização das taxas de juros em algumas economias avançadas e a incertezas referentes ao comércio global”, informou o comunicado.
Na avaliação do BC, a inflação se encontra em nível apropriado. A expectativa para a inflação de 2018 é de 4,4%. Para 2019 e 2020, 4,2% e 4%, respectivamente. O comitê ressaltou, porém, a necessidade de realização de reformas. “Uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de deterioração do cenário externo para economias emergentes”, apontou.
Taxa Selic
A definição dos juros faz parte da política monetária do país para controlar a inflação. As metas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) são estipuladas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2018, o objetivo é levar a taxa para 4,5% e, para 2019, para 4,25%. A previsão dos economistas ouvidos pelo BC é de que a inflação termine o ano em 4,43%. Para o próximo ano, a expectativa é de 4,22%.
Brasília, 18h08min