Constrangido, agora, Lewandowski recusa gratificação

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Diante da repercussão extremamente negativa da gratificação que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) receberiam para compensar o veto, pelo presidente interino, Michel Temer, do aumento de mais de 16% nos salários, agora, o presidente da maior Corte do país, Ricardo Lewandowski diz que não concorda com o benefício acertado com o Planalto e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo de Oliveira.

 

Segundo Lewandowski, o mais importante neste momento é preservar o reajuste de todos os funcionários do Judiciário, que terá repercussão sobre as contas públicas ao longo de quatro anos. No total, incluindo todas as categorias que já tiveram aumentos de salários aprovados pela Câmara dos Deputados e aquelas que ainda serão contempladas, a correção da folha do funcionalismo custará quase R$ 100 bilhões até 2019. Neste ano, os gastos com os servidores passarão de R$ 250 bilhões.

 

Há muitas críticas de economistas contra o reajuste de salários dos servidores. Para o economista Marcos Lisboa, presidente da escola de negócios Insper, é “inadmissível” falar em aumentos de salários para uma categoria que tem estabilidade no emprego quando 11,4 milhões de trabalhadores da iniciativa privada estão desempregados. “Esses aumentos serão bancados pela elevação de impostos, como a CPMF”, diz.

 

Brasília, 00h01min