Começam a pipocar pelo país ações judiciais contra o fechamento de agências do Banco do Brasil

Publicado em Economia

Não será fácil a vida do presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, que está tocando a reestruturação da instituição, processo que envolve o fechamento de 402 agências no país, cortes de mais de 9 mil vagas e incentivo à aposentadoria de até 18 mil funcionários. Há um movimento Brasil afora para travar o enxugamento do banco.

 

A primeira ação contra a reestruturação foi ajuizada hoje pelo Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Maranhão (Procon-MA). Os responsáveis pela ação pedem a suspensão do fechamento de 13 agências no estado. O Procon exige que o BB preste esclarecimentos sobre o tema e mostre quais as consequências para os consumidores.

 

A ação coletiva pública pede ainda ao BB que elabore um relatório sobre os impactos econômicos e a adequação das mudanças ao plano de negócios e à estratégia operacional, conforme o artigo 16, Resolução nº 4.072, do Banco Central. A instituição terá que apontar quais serviços deixarão de ser prestados nos postos de atendimento e quais continuarão sendo oferecidos, além de apresentar o quantitativo de funcionários, atendimentos e clientes das agências que serão reestruturadas no Maranhão.

 

O banco pode ser condenado a pagar a quantia de R$ 40 mil. Segundo o presidente do Procon-MA e diretor dos Procons Nordeste, Duarte Júnior, o BB age de forma contraditória aos grandes lucros. “Chama-se atenção para o fato de que, mesmo com lucros bilionários, o Banco do Brasil prefere fechar agências do que investir na melhoria e humanização do atendimento. Temos pleno conhecimento que o princípio da livre iniciativa é essencial para a ordem econômica, assim como os direitos básicos do consumidor, ambos com previsão expressa no art. 170 da Constituição Federal/1988. Logo, não admitiremos sobreposição e retrocessos aos direitos e garantias sociais previstos constitucionalmente”, afirma.

 

Brasília, 18h10min