Os mesmos especialistas dizem que já foram constatados casos, em inquéritos policiais, em que algumas pessoas conseguiram esconder no corpo até R$ 300 mil em notas de R$ 100. Portanto, a nova cédula, que será lançada em no fim de agosto, pelas previsões do BC, dobrará a capacidade do trânsito ilegal de dinheiro vivo.
Se tudo correr como o planejado, as notas de R$ 200 serão cinzas, com detalhes amarronzados. Os testes com as cédulas estão em fase final, para que o Banco Central bata o martelo. Serão impressas 450 mil notas, totalizando R$ 90 bilhões. As cédulas terão a estampa do lobo-guará, conforme eleição feita com o público.
Casa da Moeda, reduto do PTB
Para imprimir as novas cédulas, a Casa da Moeda receberá R$ 113,4 milhões do BC. Não custa lembrar que a estatal foi retirada do programa de privatização que vem sendo preparado pelo Ministério da Economia. Há décadas, o comando da Casa da Moeda está nas mãos do PTB, de Roberto Jefferson, aliado de última hora do presidente Jair Bolsonaro.
A alegação do Banco Central para lançar as notas de R$ 200 é a de que está faltando dinheiro em circulação no mercado. As pessoas estão “entesourando” cédulas e moedas, criando dificuldades para a economia. Outra justificativa é a redução dos gastos com transportes.
No entender dos especialistas, o momento é para o Banco Central estimular o uso do dinheiro eletrônico, não em espécie, diante do avanço tecnológico. Mais: dinheiro vivo atrai a violência. Os analistas mais críticos chamam a nota de R$ 200 de a tomada de três pinos do BC.
Brasília, 17h54min