“Para a indústria brasileira, o próximo governo tem o desafio de colocar o Brasil de volta no caminho do desenvolvimento econômico e social. Precisamos avançar nas reformas, garantir investimentos em infraestrutura e desburocratizar a economia de modo geral”, afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em comunicado à imprensa.
De acordo com ele, a indústria não pode estar ligada a uma área que tem como prioridades “o aumento de receitas e a redução de despesas”. “Os ministérios da Fazenda e do Planejamento desempenham papéis específicos. Quem vai defender as políticas industriais?”, questiona o presidente da CNI. A intenção de Bolsonaro é juntar o MDIC, o Ministério da Fazenda e do Planejamento num grande “Ministério da Economia”. Ele pretende reduzir para 15 o número de pastas na Esplanada dos Ministérios.
Andrade destacou que a indústria tem papel fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país. “Na indústria, cada R$ 1,00 produzido gera outros R$ 2,32 para a economia. Na agricultura, esse um real gera R$ 1,67 e, no setor de serviços, R$ 1,51”, comunicou a nota.
Não é a primeira vez que a CNI se opôs às propostas do militar reformado. Paulo Guedes, assessor econômico de Bolsonaro, defende que é preciso uma ampla abertura econômica nos primeiros 100 dias de governo. Em nota à imprensa, a entidade apontou que a medida precisa ser feita por meio de acordos e não de forma unilateral, pois é preciso dar condições de competição para as empresas brasileiras, que poderiam vir à falência com a concorrência e gerar desempregos no país.
Brasília, 16h53min