Maior banco privado com atuação no crédito rural, o Bradesco tem planos ambiciosos para o agronegócio. A meta é ofertar até R$ 50 bilhões para o plantio, a colheita e a comercialização da safra de 2021/22, ante os R$ 35 bilhões liberados na safra que está se encerrando.
“Estamos falando de um setor que representa quase 25% do PIB (Produto Interno Bruto). Assim como é estratégico para o país, é estratégico também para o sistema financeiro”, diz Roberto França, diretor de Agronegócio do Bradesco. Ele ressalta que o apetite pelo campo é tamanho que, nos últimos 10 anos, a participação do banco no crédito agrícola dobrou, chegando a 9%.
França conta que, neste ano, o Bradesco financiou quase três vezes mais o agronegócio do que o limite mínimo, de R$ 12,5 bilhões, determinado pelo Banco Central por meio do direcionamento de parte dos depósitos à vista detidos pela instituição. “Estamos usando muito mais recursos próprios no crédito rural. E os resultados são ótimos, com inadimplência inferior a 2%”, afirma.
Diante do crescimento contínuo da agricultura, a competição entre os bancos no crédito rural tende a se acirrar. Para o diretor do Bradesco, a digitalização das operações permite que todos cheguem aos produtores de várias partes do país. Agora, é importante que os projetos em busca de crédito tenham forte compromisso com o meio ambiente. Disso, o banco não abre mão.
Brasília, 15h01min