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Caixa prepara PDV e mudança radical na estrutura administrativa

Publicado em Economia

RENATO SOUZA

A Caixa Econômica Federal prepara um Plano de Demissão Voluntária ao mesmo tempo em que planeja o fechamento de agências e a melhora de sua rede de varejo. A intenção é que a extinção de agências possibilite a criação de 320 novas superintendências de rede e de varejo. Com as 92 existentes, o número de superintendentes chegará a 412.

 

A proposta, que ainda será apresentada ao Conselho de Administração do banco público, prevê a criação de 3,6 mil vagas para gerente e de 2,6 mil para assistentes. “Somos o banco de todos os brasileiros, em especial, dos que mais precisam e, por isso, iremos garantir o atendimento de excelência para todos os nossos clientes”, diz um trecho do texto que apresenta a nova estrutura.

 

“Essa mudança garante a presença e proximidade com nossos clientes, prefeituras, agências, unidades lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e empresários, com foco na missão principal da Caixa, que é servir o povo brasileiro”, completa o texto da peça sobre a nova estrutura da instituição na qual o Blog teve acesso. Também haverá reforço para o atendimento do governo, com a criação de 57 superintendências.

 

Mais resultados

 

A intenção, com as alterações, é aumentar os resultados comerciais. Para isso, a estrutura deve ser fragmentada, para que ocorra maior venda de produtos. Atualmente, reconhece a Caixa, há gente demais em cargos de chefia e funcionários de menos no atendimento. Por isso, tantas reclamações da clientela que frequenta as agências.

 

A Caixa tem, hoje, pouco mais de 85 mil funcionários. Mas, pelo diagnóstico que foi traçado, o corpo de empregados não está distribuído adequadamente. E isso, admite o banco, precisa ser mudado rapidamente, para que a instituição possa enfrentar o mercado e aumentar a rentabilidade das agências.

 

“Estamos propondo um processo de descentralização, reduzindo cargos nos escalões mais altos e pulverizando funções nas redes de atendimento”, frisa um integrante da Caixa. Ele garante, porém, que toda essa reestruturação não resultará em aumento de gastos para a caixa.

 

“Haverá um encontro de contas. Fecharemos cargos e agências, mas abriremos funções de níveis mais baixos”, explica o mesmo técnico. Também haverá mais foco na ação dos superintendentes. Em vez de cuidarem de 100 agências, vão se concentrar em 15, para que o trabalho seja desenvolvido com maior qualidade.

 

Produtos

 

No fim das contas, o que a Caixa quer é aumentar os ganhos, ter pessoal mais treinado e disponível para vender produtos dentro das agências. Essa é a determinação da diretoria. Segundo a Caixa, nada, porém, será feito de forma agressiva.

 

Segundo o banco, as propostas de reestruturação foram apresentadas, primeiramente, aos superintendentes em um encontro em Brasília. Depois, as sugestões foram colocadas na intranet do banco para que os funcionários pudessem dar sugestões.

 

Com base no que foi proposto, o Conselho de Administração baterá o martelo, inclusive para o PDV, pois será preciso definir qual o público-alvo a ser atingido e quais os benefícios para aqueles de decidirem abrir mão do emprego atual.

 

Brasília, 14h51min