Segundo o SEF, Fernandes foi ouvido na quarta-feira (01/03) no Tribunal da Relação de Lisboa, que decretou a prisão preventiva dele. Agora, espera-se a expedição do pedido de extradição pela Justiça holandesa. O brasileiro, que nasceu em Matipó, Minas Gerais, confessou o assassinato de Alan Lopes no domingo (26/02).
Fernandes, que vem sendo chamado de canibal em Portugal, confessou ao SEF que a carne encontrada na mala que ele carregava no momento da prisão era humana, mas tudo está sendo periciado pelo Instituto Médico Legal (IML). Questionado, o SEF não informou se já havia saído o resultado da análise. A expectativa é grande.
À família, por meio de mensagens, o brasileiro disse que matou o amigo porque ele havia lhe dito que era canibal e que o comeria em um churrasco na tarde de domingo. A polícia de Amsterdã, onde o crime foi cometido, apura o que realmente aconteceu. Familiares do morto dizem que ele abrigava Fernandes quando ele não tinha onde morar. E o motivo do assassinato seria a cobrança de uma dívida.
A prisão de Begoleã Fernandes pelo SEF ocorreu por causa da suspeita de uso de documento falso na imigração portuguesa — ele fugiria para Belo Horizonte. O brasileiro apresentou a identidade de um italiano. Após a perícia, constatou-se a falsificação. Fernandes ainda portava outros documentos fraudados em nomes de terceiros. Quando cruzou os dados do homem, o SEF detectou um alerta da polícia holandesa sobre a suspeita de assassinato.