A meta é vender estatais, pegar parte do dinheiro e abater dívida e e outra parte distribuir para os brasileiros mais pobres, atendidos pelos programas sociais do governo. “Isso é muito melhor do que ficar sustentado estatais deficitárias”, diz um integrante da equipe econômica.
Esse mesmo técnico ressalta que as estatais que dependem do Tesouro Nacional consomem cerca de R$ 30 bilhões por ano do Tesouro Nacional. “Com esse dinheiro, daria para, praticamente, dobrar o Bolsa Família, que tem orçamento previsto para 2021 de R$ 34,8 bilhões”, acrescenta.
O problema será convencer Bolsonaro a vender estatais, pois ele está cada vez mais estatizante e intervencionista. “Um bom argumento é o de que ele estará dando dinheiro aos mais pobres, o que sempre resulta em aumento de popularidade”, emenda outro integrante da Esplanada.
A equipe econômica reconhece que o lobby dentro do governo contra a privatização é grande, pois as empresas servem de barganha política, sobretudo na atual administração, que está pendurada no Centrão, grupo que reúne os partidos mais fisiológicos do Congresso.
Há, também, os militares, que defendem um Estado inchado, sob o argumento de que setores como o de petróleo são estratégicos para o país. Não por acaso, um general, Joaquim Silva e Luna, foi indicado para presidir a Petrobras com a missão de segurar os preços dos combustíveis.
Brasília, 18h01min