Com a certeza de que chegará ao segundo turno, o partido de Bolsonaro já mantém conversas avançadas com o também candidato João Amoêdo, do Novo. Como ele não consegue avançar entre o eleitorado, Bolsonaro acredita que poderá fechar um acordo com o Novo para a segunda fase do pleito. Se a aliança for firmada, o empresário ganhará a pasta do Planejamento ou da Transparência em um eventual governo. Segundo uma pessoa próxima da campanha de Bolsonaro, há a especulação de que o cargo escolhido deverá fazer jus ao discurso do Novo contra a corrupção e os privilégios de servidores.
A especulação do PSL é de que Fernando Haddad (PT) disputará a segunda fase da eleição com o capitão reformado do Exército. É previsto o apoio das demais siglas ao postulante petista, com exceção do partido de Moisés Jardim e do Democratas. A conversa com essas legendas de centro ajudaria tornar a imagem de Bolsonaro mais “branda” junto aos agentes econômicos e afastaria a alusão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como tem sido conhecido pela mídia estrangeira de “Trump Brasileiro”.
Com a previsão de voltar para a casa no fim da semana, Bolsonaro se manterá ativo nas redes sociais. Conforme o Correio apurou, um estúdio particular que estava montado no Rio de Janeiro já está em transferência para São Paulo, para ficar próximo ao candidato, que deverá se manter em repouso. Os filhos de Bolsonaro que buscam uma vaga no Congresso Nacional continuarão fazendo campanha nas ruas, enquanto o vice da chapa, General Mourão, cumprirá agenda com empresários e lideranças locais.