Bolsa renova a máxima com aprovação de PEC da Previdência

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

A aprovação rápida como o esperado por parlamentares da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 6, de 2019, que trata da reforma da Previdência, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, animou o mercado nesta terça-feira (22/10). A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) renovou a máxima histórica, encostando em 107 mil pontos.

 

A B3 registrava alta de 0,73% logo após o resultado da votação no segundo turno da CCJ, chegando a 106.798 pontos. Segundo dados da B3, o recorde anterior era de 105.817 pontos, registrado em 10 de julho de 2019. O dólar registrava queda de 1,2%, cotado a R$ 4,08.

 

A votação foi simbólica e o impacto fiscal do resultado do primeiro turno no Senado, em torno de R$ 800 bilhões em 10 anos, foi mantido no texto base nessa segunda rodada para a apreciação da matéria. A proposta vai para o plenário da Casa e será votada a partir das 14h. São necessários, pelo menos, 49 votos dos 81 senadores para que a matéria seja aprovada. O governo espera chegar a 58 ou 59 votos favoráveis.

 

“O otimismo com a aprovação da reforma aumentou e fez o real ser a moeda com a melhor performance no mundo”, destacou o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer. Ele lembrou que, pela primeira vez, os investidores brasileiros estavam mais otimistas do que os estrangeiros em relação à aprovação da PEC da Previdência. “Vamos ver se agora eles voltam”, brincou. No acumulado do ano até a semana passada, quase US$ 20 bilhões deixaram o país devido à desconfiança dos investidores estrangeiros no país, conforme dados do Banco Central.

 

Amanhã, na CCJ, está prevista a leitura do relatório da PEC paralela, que inclui os estados na reforma previdenciária. O relatório é do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo a senadora Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão, a expectativa é que, após um pedido de vista coletivo de uma semana para a inclusão de emendas será possível apreciar a matéria no dia 5 de novembro. “Com acordo, acredito ser possível fechar essa questão já na primeira quinzena de novembro”, garantiu.