POR ANTONIO TEMÓTEO
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 6,5% ao ano. Esse é o menor patamar da história. O corte era esperado pelo mercado, que passa a apostar na possiblidade de novas baixas na Selic.
A equipe de Ilan Goldfajn levou em conta as surpresas inflacionárias de janeiro e fevereiro para tomar a decisão. Além disso, a lenta recuperação da atividade econômica favorece o processo de corte de juros, já que não há risco de pressões inflacionárias.
Desde de o último encontro do Copom, ficou claro que o IPCA deve permanecer mais próximo dos 3% do que dos 4,2% estimado pelos diretores a autoridade monetária. As projeções apresentadas pelo BC no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI) apontavam que O IPCA de janeiro teria alta de 0,53% e a de fevereiro de 0,47%.
Entretanto, o resultado apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou variação positiva de 0,29% no primeiro mês do ano e de 0,32% no segundo mês de 2018. Para março, a mediana das expectativas apresentada pelo boletim Focus aponta alta de 0,21%. Há quatro semanas, os analistas apostavam em variação de 0,30%.