POR ANTONIO TEMÓTEO
Em decisão unânime, o Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 6,75% ao ano. Esse é o décimo primeiro corte consecutivo da taxa e o menor nível da história, desde o início do regime de metas para a inflação. A decisão era amplamente esperada pelo mercado.
As dúvidas agora são sobre os próximos passos da autoridade monetária. Uma parte do mercado avalia que diante da recuperação gradual da economia brasileira e da inflação baixa, com expectativas controladas, a equipe de Ilan Goldfajn poderia fazer um último corte de 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic para 6,5% ao ano.
Por outro lado, há quem alerte que as pressões inflacionárias tendem a crescer ao longo do ano, sobretudo com a volatilidade dos mercados internacionais, que afeta o preço do dólar. Além disso, as tarifas administradas pelo governo, como a conta de luz, a gasolina e o custo do botijão de gás têm pressionado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).