Na busca por maior rentabilidade, o Banco do Brasil (BB) comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que fará mudanças nas suas vice-presidências, no comando de seu fundo de pensão, a Previ, e na presidência da BB Seguridade.
Gueitiro Matsuo Genso vai trocar a presidência da Previ pela vice-presidência de Distribuição, Varejo e Gestão de Pessoas. Walter Maliene Junior, que ocupava essa vice-presidência, será deslocado para a vice-presidência de Atacado.
Já Antonio Maurício Maurano, vice de Atacado, passará a comandar a BB Seguridade. Com isso, o atual presidente da BB Seguridade responderá pela presidência da Previ, o maior fundo de pensão do país. Para a vice-presidência de Infraestrutura, Serviços e Operações está sendo nomeado José Pinto Rabello Junior, que respondia pela diretoria de Governo. O atual vice de Serviços, Carlos Hamilton, deixará o BB para projetos pessoais.
Segundo fontes do BB, o objetivo, com essas mudanças, é consolidar o processo de reestruturação pelo qual a instituição vem passando desde que Paulo Rogério Caffarelli chegou à presidência. Ele está imbuído da missão de tornar o BB mais rentável. No ano passado, o retorno sobre o capital da instituição pública ficou abaixo de 10%. A meta é levar esse indicador para pelo menos 14%, média registrada pelas instituições privadas.
O processo de reestruturação do BB consiste em fechar agências deficitárias e estimular o uso de serviços pela internet, bem mais baratos. O banco também promoveu programas de demissão voluntária (PDVs) para enxugar o quadro de pessoal. Muitos dos que aderiram a esses programas estavam próximos da aposentadoria.
Os resultados já apareceram. Nos primeiros três meses deste ano, o Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 2,7 bilhões, com aumento de 12,5% ante o registrado no primeiro trimestre de 2017 (R$ 2,4 bilhões). Neste mês, as ações do BB apontam alta de 3,5%.