O presidente do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, decidiu dar um chá de realidade a seus subordinados diretos. Para incrementar os negócios da instituição, ele passou a comandar as reuniões do Conselho Diretor fora da sede oficial, em Brasília. Já sediaram os encontros, que reúne todos os vice-presidentes, Curitiba, Belém e Porto Alegre.
Caffarelli acredita que essa aproximação com a estrutura do banco será fundamental para engajar todos os funcionários no projeto que visa a recuperação da rentabilidade patrimonial. Até 2012, o retorno sobre o patrimônio da instituição girava bem próximo dos 18% computados, na média, pelos grandes concorrentes privados. Neste ano, a rentabilidade do BB ficou em 8%, índice considerado muito baixo.
Para se ter uma ideia da distância entre o comando do Banco do Brasil com os funcionários de fora de Brasília e do eixo Rio-São Paulo, há pelo menos 100 anos o presidente da instituição não pisava em uma agência de Alagoas. Nesse período, em apenas duas oportunidades, 2006 e 2007, os ocupantes da presidência do banco (Rossano Maranhão e Lima Neto, respectivamente) estiveram naquele estado, mas para eventos de interesse do governo federal.
O objetivo de Caffarelli é aproximar o comando do banco do baixo escalão, que lida com a vida real e sabe, exatamente, o caminho para os negócios crescerem. São as pessoas da base do atendimento que vão indicar o que os clientes querem e como o BB pode tirar proveito disso. Para isso, precisam ser prestigiados. Desde o fim de maio, quando assumiu a presidência do banco, Caffarelli já esteve em seis estados.
Brasília, 19h53min