A arrogância do cerimonial do Palácio do Planalto

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Os responsáveis pelos cerimoniais dos ministérios estão pedindo a Deus que seus chefes não sejam convidados para eventos com Michel Temer. Simplesmente, não suportam mais a grosseria e a arrogância do cerimonial do Palácio do Planalto.

O embaixador Pompeu Andreucci Neto, responsável pelo cerimonial do Planalto, e seu sub, Mauro Furlan, são vistos como o resumo da intransigência e da má educação. Acham que podem tudo.

Em recente evento no Mato Grosso, Furlan impediu que o próprio presidente e todos os convidados do governo local fossem servidos com água. Isso, apesar de todos estarem sob um sol escaldante. Ninguém, nem mesmo os garçons, conseguiam subir no palanque em que estavam as autoridades.

Uma das cerimomialistas presentes tentou argumentar com Furlan, que respondeu: “Você está errada, e eu, sempre certo”. Quem ouviu o diálogo ficou atônito diante de tamanha petulância.

Em outra circunstância, um chefe de cerimonial de um ministério perguntou a Andreucci se o ministro que viajaria com Temer poderia levar um assessor direto no avião presidencial. Ouviu, como resposta, a seguinte pérola: “Ministro é assessor do presidente. Assessor de ministro é ninguém”.

E assim Brasília vai criando monstros. Pessoas que se acham maiores do que o cargo que ocupam e que, mudando o governo, serão substituídas sem dó nem piedade.

Brasília,  12h01min

Vicente Nunes