Saúde Brasileiros são maioria entre profissionais estrangeiros na área da saúde em Portugal. Foto: JEFF PACHOUD/ AFP

Anvisa garante que o uso da vacina de Oxford é seguro

Publicado em Economia

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, nesta terça-feira (16/03), a continuidade do uso da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. Segundo o órgão regulador, o lote de imunizantes que levou pelo menos 19 países da Europa a suspenderem a vacinação por causa de graves efeitos colaterais não veio para o Brasil. “Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de embolismo e trombose que tenha relação de causa com as vacinas contra a covid-19”, frisa.

 

A Agência informa que, depois de reavaliar procedimentos, concluiu que os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício‐risco da vacina e, portanto, recomenda a continuidade do seu uso na população brasileira. “A conclusão foi reforçada após a realização de reunião entre a Anvisa e autoridades regulatórias de vários países e também com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular”, informa.

 

A Anvisa ressalta que a reunião com as agências internacionais foi feita no âmbito da Coalizão Internacional de Agências Reguladoras (International Coalition of Medicines Regulatory Authorities — ICMRA), que reuniu um total de 52 representantes de órgãos regulares, como o americano, o canadense, o japonês, o australiano, o britânico, o irlandês, o dinamarquês, entre outros.

 

“A discussão técnica apontou para a necessidade de apresentação de outros dados e o aprofundamento das investigações nos países que invocaram o princípio da precaução para suspender o uso da vacina Oxford/Astrazeneca”, ressalta a Agência, que garante acompanhar e buscar informações junto às autoridades internacionais de forma constante sobre possíveis eventos adversos relacionados ao uso de todas as vacinas em uso no país.

 

Responsável pela importação e pela produção da vacina da Oxford e da AstraZeneca no Brasil, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pediu cautela em relação à decisão de países europeus de suspenderem o uso do imunizante depois de constatada mortes na Dinamarca e na Austria.

 

Brasília, 21h01min