O rigor maior, de acordo com a Anvisa, decorre do surgimento de novas variantes do novo coronavírus e do agravamento das taxas de transmissão da doença em todo o país. “O uso da máscara é um ato de cidadania. Uma medida em defesa da própria vida e do próximo”, afirma Alex Machado Campos, diretor da agência e relator da mudança na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que trata do assunto.
Segundo a Anvisa, com as alterações aprovadas nesta quinta-feira (11/03), os modelos que não garantam essa proteção não serão mais aceitos nos aeroportos e nas aeronaves. “Bandanas, lenços e protetores faciais do tipo ‘face shield’ não serão permitidos, assim como máscaras de acrílico ou de plástico transparente e as com válvula de expiração dos tipos N95 ou PFF2”, afirma.
A Anvisa informa que as máscaras N95 e PFF2, sem válvula, seguem recomendadas. Também as máscaras de tecido confeccionadas artesanal ou industrialmente com material como algodão e tricoline continuam permitidas, mas devem possuir mais de uma camada de proteção e ajuste adequado ao rosto.
“Dentro das aeronaves e nos terminais aeroportuários só será permitido retirar a máscara para hidratação ou para alimentar crianças com idade inferior a doze anos, idosos e viajantes que sejam portadores de doenças que requeiram dieta especial”, diz a Anvisa.
Piora da pandemia
Quando estes mesmos passageiros precisarem se hidratar ou alimentar fora das aeronaves, devem observar o distanciamento mínimo de um metro em relação aos demais viajantes. “A obrigatoriedade do uso de máscaras não vale para as praças de alimentação durante a refeição, evidentemente”, frisa a agência.
As novas regras preveem que pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado da proteção e crianças com menos de três anos de idade não serão obrigadas a usar a proteção facial.
Segundo a Anvisa, o aumento nas exigências das máscaras nas regiões aeroportuárias é mais uma das ações que vêm sendo construídas e atualizadas com base em evidências científicas, de acordo com a evolução do contexto epidemiológico no Brasil e no mundo. “
A Agência pretende contribuir para a implementação de uma nova cultura sanitária brasileira por meio da mudança comportamental da população para uma nova etiqueta no controle da pandemia”, diz Alex Campos. Ele ressalta que, “para mitigar a propagação do SARS-CoV-2 e, consequentemente, o surgimento de novas variantes, é preciso reforçar o distanciamento social, a higienização das mãos e o uso de máscaras faciais. Dentre essas ferramentas para a proteção da saúde, é importante destacar o uso eficaz das máscaras, especialmente pela população que transita por ambientes confinados e coletivos”.
Brasília, 17h20min