Em entrevista à Agência de Notícias do Banco do Brasil, André Brandão, novo presidente da instituição, detalhou parte dos planos para sua gestão. Ele pretende dar mais visibilidade à agenda ambiental do banco, tema que, segundo ele, virou “coqueluche” no exterior, sobretudo depois da pandemia do novo coronavírus.
“Financiamentos ambientais, financiamentos sociais, de uma certa forma, eu vejo isso enraizado no Banco do Brasil. Eu acho que a gente pode extrair mais valor e, talvez, fazer uma promoção disso com os nossos colaboradores, com os nossos clientes. Acho que tem uma coisa que está aí pós-pandemia. Isso virou uma coqueluche e a gente vai ter que, talvez, investir nesse processo e extrair mais valor da nossa marca, do que já fazemos”, afirmou.
Brandão destacou que, enquanto esteve no exterior — até bem pouco tempo, ele era diretor do HSBC em Nova York —, participou muito de discussões sobre a agenda ambiental do sistema financeiro. Na visão dele, essa é uma agenda extremamente avançada lá fora. No Brasil, o que se percebe é um engajamento maior dos bancos privados na questão ambiental.
Atendimento a brasileiros no exterior
O novo presidente do Banco do Brasil ressaltou ainda a intenção de reforçar o atendimento de brasileiros no exterior. “Uma das coisas que eu espero do Banco do Brasil é: por que não a gente atender os clientes brasileiros no exterior? Eu sei que o banco fez investimentos para seguir o nosso cliente no exterior”, ressaltou.
Para o executivo, essa questão tem que ser avaliada com um pouco mais de detalhe”. “Mas eu vejo ali uma oportunidade, dada à vacância de parceiros estrangeiros e a gente com uma competição com parceiros, com competidores domésticos”, frisou ele à agência de notícias.
Sobre uma possível privatização do Banco do Brasil, Brandão disse que esse assunto cabe ao acionista controlador da instituição, no caso, o Tesouro Nacional. “Quem tem que decidir isso é o acionista, e acho que o Bolsonaro, mais de uma vez, já falou que não está em pauta”, destacou.
Brandão disse que, quando conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele lhe afirmou que o BB precisava de um gestor. “Ele falou assim: ‘André, tem várias coisas que a gente precisa fazer, e eu preciso de um executivo’. E é o que eu sou, eu sou um executivo. Então, estou indo lá para trabalhar com vocês, colaboradores do Banco do Brasil, para a gente gerir esse banco. Espero poder agregar com a minha experiência, somada à experiência que vocês têm, para a gente melhorar ainda mais esse banco.”
Brasília, 17h35min