O mandato de André Brandão como presidente do Banco do Brasil acaba nesta quarta-feira (31/03) sem que o seu sucessor, Fausto Ribeiro, tenha tido o processo de avaliação para o cargo concluído. Para não deixar o BB sem comando, o Palácio do Planalto corre para que todo o processo seja encerrado ainda hoje, com o decreto da nomeação assinado pelo presidente Jair Bolsonaro sendo publicado até quinta (01/04).
Fontes do Banco do Brasil garantem que não houve nenhum empecilho para a nomeação de Ribeiro. Todo o trâmite correu com tranquilidade e o Comitê de Elegibilidade já deu o aval para que ele tome posse como presidente do BB, pois seus requisitos estão dentro da Lei das Estatais e do estatuto da instituição.
Falta, portanto, apenas o Comitê encaminhar a documentação ao Palácio do Planalto, para que o presidente assine o decreto de nomeação. Vale ressaltar que André Brandão não passará o cargo pessoalmente ao sucessor. Na verdade, ele já se desligou de Brasília. Não vem à capital federal há mais de duas semanas.
Mudanças nas vice-presidências
Com a saída de André Brandão, a maior parte dos nove vice-presidentes do Banco do Brasil será substituída. Não porque eles queiram, em maioria, deixar o cargo, mas porque o novo presidente do BB já avisou que montará a sua equipe. Os atuais vices da instituição ou foram nomeados por Rubem Novaes ou por Brandão.
Portanto, dizem integrantes do BB, é natural que Fausto Ribeiro monte seu time. O primeiro nome escolhido, como antecipou o Blog, é o de Antônio Barreto, que comandará a vice-presidência de Governo da instituição. A nova equipe será anunciada assim que a nomeação de Ribeiro for efetivada pelo Planalto.
Alguns vices-presidentes do Banco do Brasil estão loucos para ficar nos cargos, outros, preferem ir embora porque não concordam com a escolha de Ribeiro para o comando da instituição. Esses, inclusive, acreditaram que poderiam ser alçados ao cargo mais alto do BB. Mas Bolsonaro preferiu seguir conselhos políticos na escolha de Ribeiro.
Por sinal, a composição da nova vice-presidência do Banco do Brasil acomodará algumas indicações políticas. Tudo vem sendo negociado há pelo menos duas semanas. Fausto Ribeiro conversou com muita gente, mas preferiu não fazer barulho para não sofrer pressões. Uma coisa é certa: durante a gestão dele, não se falará em privatização do BB nem de venda de ativos, como a BB DTVM.
Brasília, 10h58min