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A real de Portugal: empresário é morto por traficantes em ajuste de contas

Publicado em Economia

Quem anda pelas ruas das grande cidades de Portugal percebe, claramente, que o tráfico de drogas cresce assustadoramente no país. É possível ver, debaixo de viadutos, usuários de crack e de cocaína andando de um lado para o outro feito zumbis.

 

O crescimento do tráfico e do uso de drogas, sabe-se, vem associado à violência. Neste domingo (18/06), a Polícia de Segurança Pública (PSP) encontrou o corpo do empresário José Pires, o Pirinhos, de 52 anos, no porta-malas do carro dele, em Braga, região norte de Portugal.

 

Pirinhos, que tem um longo envolvimento com o tráfico de drogas e estava desaparecido desde o fim de maio, tinha um saco  plástico na cabeça. Segundo a polícia, o corpo dele estava em avançado estado de decomposição. Pessoas que passaram próximo ao veículo, incomodadas com o forte cheiro, chamaram a PSP.

 

O empresário foi um dos protagonistas de uma das noites mais violentas do Porto, em 2007. Uma guerra de gangues do tráfico resultou em vários homicídios, no que ficou conhecida como a “Noite branca”, numa alusão à cocaína. À época, Pirinhos foi uma das testemunhas do Ministério Público.

 

Dois anos depois, em 2009, quando terminou o julgamento, o empresário foi raptado, torturado e enterrado parcialmente por questões relacionadas à dívidas com os traficantes. Ele conseguiu se salvar, mas nunca explicou oficialmente os motivos de tamanha violência contra ele.

 

Pirinhos continuou ligado ao tráfico. Agora, no que a polícia classifica como um acerto de contas, ele foi morto com requintes de crueldade. Os agentes temem que o assassinato do empresário seja o início de uma nova guerra entre gangues, com uma possível repetição da “Noite branca”.

 

Por conta do assassinato de Pirinhos, tanto a polícia do Porto quanto a de Braga reforçaram a segurança nas ruas, que estão lotadas de turistas. É verão em Portugal, período em que o país registra forte incremento na economia.