O agressor é o português João Bernardo Mendes, que continua frequentando normalmente o curso de mestrado em comunicação social e provocando confusão com vários estudantes que estão na mesma sala de aula que ele.
O embaixador esteve com Grazielle nesta quarta-feira (21/02), no Porto, onde conversaram por quase meia hora. Carreiro pediu que ela fizesse um relato da violência à qual foi submetida e assegurou que atuará junto à universidade para que o caso tenha uma solução exemplar.
No sábado (17/02), o embaixador esteve pessoalmente com o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro. A instituição abriu uma investigação sobre a agressão a Grazielle, ocorrida em 28 de novembro de 2023, mas até agora não se pronunciou.
Segundo afirmou o embaixador para a brasileira, será encaminhado um relatório a Brasília sobre o caso dela, que ganhou ampla repercussão. A ativista Luiza Brunet se disse horrorizada diante da violência sofrida por Grazielle.
As agressões a mulheres brasileiras em Portugal, que até bem pouco tempo ficavam restritas às palavras, agora são físicas. Isso está assustando muito a comunidade, que não vê uma reação contundente por parte do governo português contra a xenofobia, a misoginia e o racismo.
Grazielle pensou em desistir do curso que tanto sonhou, mas, agora, está convencida de que deve ficar em Portugal e lutar para que o seu agressor seja punido. Ela está movendo um processo formal contra o português João Bernardo.
A agressão contra a brasileira foi por um motivo fútil: um desentendimento sobre um trabalho em grupo do curso. Ao ser contrariado por Grazielle, o português a agrediu e ainda se vangloriou do que fez e tentou posar de vítima.