A taxa de desocupação entre os brasileiros, porém, é uma das que menos cresce. No caso dos imigrantes ucranianos, por exemplo, o desemprego mais que dobrou — passando de 1.628 para 4.349, totalizando 11% dos estrangeiros sem trabalho.
Segundo o Observatório das Migrações, as 10 nacionalidades mais representativas em Portugal respondem por 80% dos desocupados entre a população estrangeira.
O índice total de desemprego entre os estrangeiros em Portugal encerrou 2022 em 13,6%, quase o dobro da população geral. Os imigrantes sem trabalho são, em maioria, jovens, e totalizam 39.585 pessoas.
As mulheres lideram o desemprego entre os imigrantes que moram em Portugal, mas, no ano passado, a desocupação cresceu mais entre os homens. Os trabalhadores não qualificados representam quase 40% dos que estão fora do mercado de trabalho.
Os brasileiros representam a maior comunidade de estrangeiros em Portugal. São mais de 400 mil pessoas legalizadas. Dos que estão em idade ativa, mais de 80% estão trabalhando formalmente.
Não por acaso, entre a população imigrante, os brasileiros são os maiores contribuintes para a Segurança Social, o INSS de Portugal. No ano passado, recolheram a quantia recorde de 669 milhões de euros (R$ 3,7 bilhões) aos cofres públicos.