A real de Portugal: brasileiras grávidas e com crianças presas por tráfico de drogas

Publicado em Economia

O número de mulheres brasileiras presas em Portugal por tráfico de drogas tem disparado. Segundo o Consulado do Brasil em Lisboa, os crimes estão sendo cometidos, inclusive, por grávidas e cidadãs acompanhadas de crianças pequenas.

 

O cônsul-geral do Brasil em Lisboa, Wladimir Valler Filho, afirma que já houve o registro de duas crianças que nasceram na prisão. Nesses dois casos, especificamente, as mães e os bebês foram encaminhados para o Brasil e entregues à Justiça local, que tomou as providências adequadas.

 

Já as crianças de maior idade pegas com as mães detidas por tráficos de drogas têm sido levadas para instituições públicas de Portugal. O mais comum, nessas situações, é a Justiça portuguesa buscar um parente da detenta em Portugal para que se encarregue dos cuidados dos menores. Mas, também, as crianças podem ser enviadas ao Brasil.

 

Dados do sistema carcerário português indicam que há, atualmente, 150 brasileiras presas em Portugal, a maioria, por tráfico de entorpecentes. As detenções ocorreram, sobretudo nos aeroportos.

 

As mulheres têm sido cooptados pelas organizações criminosas para o tráfico internacional de drogas porque despertam menos desconfiança junto às autoridades. Contudo, dada a frequência das prisões, elas também passaram a ser olhadas com maior atenção. Muitas das presas são jovens e, quando detidas, alegam que entraram para o crime devido a dificuldades financeiras.

 

O embaixador garante que o consultado tem acompanhado muito de perto os casos de prisão e feito vistorias frequentes nas penitenciárias para que não sejam cometidos abusos contra as brasileiras. “As condições dos presídios são boas”, garante.