Logo, na avaliação de Spyer, qualquer sinalização contrária a essa expectativa, a reação dos mercados poderá ser ruim, porque há um movimento “dovish” no mercado, denominado pelos analistas como expansionista, leniente para com a inflação e voltado à manutenção da atividade econômica. No Brasil, segundo ele, o troco, caso o Copom resolver manter a Selic (taxa básica da economia) em 6,5% anuais, será no câmbio. “Se não houver cortes do Banco Central ou do Fed, provavelmente, o dólar vai para R$ 4 no dia seguinte”, apostou. “O consenso do mercado é que haverá corte na próxima semana da Selic, mas o mercado está bem dividido se esse corte será de 0,25 ponto percentual ou de 0,5 ponto percentual”, destacou.
O diretor da Mirae lembrou que o Banco Central Europeu (BCE) também vinha sinalizando fazer novos cortes nos juros e alguns países, mas as declarações do presidente da instituição, Mario Draghi, desta quinta-feira (25/07) dando a entender que será menos “dovish”, ajudou a pressionar o dólar frente ao real, que passou de R$ 3,80 pela primeira vez após a aprovação da reforma da Previdência no primeiro turno da Câmara, no fim de junho.