Congresso já mapeia os feriados para folgar

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PAULO TARSO DE LYRA E NATÁLIA LAMBERT

Depois de uns dias de recesso pelas festas de fim de ano, já tem muita gente de olho nos feriados de 2018. Pois bem, para os que se planejam com antecedência, serão nove feriados nacionais e cinco pontos facultativos. Isso sem contar as datas especiais nos estados e municípios e os aniversários das cidades. Dos dias de folga oficiais, duas delas serão terça ou quinta-feira — caso do 1º de maio e da Proclamação da República, respectivamente. Os dias são favoráveis às famosas emendas.

Enquanto uns comemoram, outros calculam os prejuízos das folgas. De acordo com o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fábio Bentes, a previsão é de que o comércio perca R$ 22 bilhões com os feriados, sem contar a redução na produtividade e nos impostos que deixarão de ser pagos ao governo.

Bentes explica que o impacto não é tão grande em relação às vendas, mas, sim, sobre os custos. “O comerciante tem a opção de abrir a loja e pagar a hora de trabalho dos funcionários em dobro ou fechar e não ter receita nenhuma naquele dia. Tem que colocar na ponta do lápis o que é menos oneroso. Com exceção do turismo, para as áreas produtivas, o feriado não é um bom negócio”, comenta.

Mares turbulentos

No Congresso, deputados e senadores agradecem os feriados. Em ano eleitoral — e de Copa do Mundo —, quanto menos brecha e tempo houver para polêmicas, melhor. Os meses mais difíceis serão mesmo os primeiros do ano, com o debate da reforma da Previdência.

Brasília, 06h06min

Vicente Nunes