Cantora Tetê Espíndola cantou, após entrevista, para a redação do Correio Braziliense. A cantora se apresenta no Clube do Choro neste sábado (25).
Em 26 de outubro de 1985, assim como muitos brasileiros, assisti Tetê Espíndola vencer o Festival do Festivais promovido pela TV Globo, ao interpretar Escrito nas estrelas, composta em parceria por Arnaldo Black e e Carlos Rennó. A canção se tornou um grande sucesso e alavancou a carreira da cantora mato-grossense.
Ao longo de sua trajetória, iniciada oficialmente em 1970, com o lançamento do LP Tetê e Lírio Selvagem, essa intérprete de voz aguda, cheia de nuances, teve seu canto registrado em 18 discos. O Ouvir/ Birds, de 1991, chamou a atenção, pelo aspecto experimental. Com uma bolsa da Fundação Vitae, ela, o irmão Humberto Espíndola e Marta Catunda foram a Amazônia numa expedição em busca do canto do uirapuru e gravaram uma série de sons de pássaros, depois catalogados, utilizados depois no CD.
Tetê, mesmo mantendo-se em plena atividade e com um trabalho sempre bem avaliado, não alcançou o patamar mais alto da MPB. Este ano, depois de de uma década sem gravar, lançou o álbum Outro lugar, que traz músicas como Andorinha, Aconchego, Lamber correnteza e Pé de vento, que lança na noite de amanhã no Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental).
Para divulgar o show e o novo trabalho, Tetê Espíndola esteve há pouco no Correio. Após participar de uma live, no estúdio, se deteve um pouco na redação, onde cantou, para privilegiados espectadores — nós jornalistas — seu maior sucesso. Embevecidos, todos nós a aplaudimos com entusiasmo.
Com certeza, na noite de amanhã, o público que for assisti-la na apresentação pelo projeto comemorativo dos 40 anos do Clube do Choro, vai também reverenciá-la e fazer coro — como nós fizemos — quando ela soltar a voz afinadíssima em Escrito nas estrelas. Aliás, foi na letra dessa canção que a palavra tesão foi usada pela primeira vez na MPB.