Confesso que nunca me dediquei tanto à leitura como agora, quando busco fugir da ociosidade na quarentena determinada pela maldita pandemia de coronavírus. Tenho ocupado meu tempo voltando a livros que, pela correria do dia, fui enfileirando na estante. Quase todos são publicações ligadas à música, manifestação artística com a qual tenho profunda ligação.
Alguns cheguei a começar a ler, mas não concluí. Outros tomei conhecimento, apenas superficialmente, do que se tratava. Vivia me prometendo de voltar a eles. Até que enfim, prazeirosamente, consegui.
Falo de Verdade Tropical (Caetano Veloso), Os sonhos não envelhecem — Histórias do Clube da Esquina (Márcio Borges), Uma autobiografia (Rita Lee) e 101 Canções que Tocaram o Brasil (Nelson Motta). Estão na fila A Noite do Meu Bem — História e histórias do samba-canção e Elis Regina — Nada Será como Antes (Júlio Maria), além de Essa gente (Chico Buarque),um dos últimos que adquiri.
Para relaxar, tenho visto shows, documentários e programas de entrevista nos canais GNT, Curta!, Arte 1 e Bis. Neste último, por exemplo, finalmente assisti, na série Versões, a competente releitura da banda mato-grossense Vanguart para clássicos de Bob Dylan.
Já no Canal Brasil, revi Fevereiros (havia visto antes no Espaço Itaú de Cinema, no shopping Casa Park), documentário sobre a vitória da Mangueira, no carnaval de 2016, com o enredo que homenageava Maria Bethânia. O filme mostra também a cantora na festa de Nossa Senhora da Purificação, em Santo Amaro (terra natal dela), onde estive recentemente na casa de Dona Canô para entrevistar Rodrigo Veloso, o primogênito do clã dos Velloso, matéria publicada pelo Correio.
Aliás, é bom que se diga, que continuo trabalhando, agora, no esquema home office. Uma das últimas entrevistas que fiz foi com o grande Roberto Menescal, nome icônico da bossa nova, que acaba de lançar nas plataformas digitais o álbum Faz parte do meu show. É um CD que ele gravou com Leila Pinheiro e Rodrigo Santos (ex-Barão Vermelho), em tributo a Cazuza. Recomendo.