O cantor e compositor carioca Chico Buarque fará em Brasília shows da turnê Caravanas em 30 e 31 de agosto no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
“Minha embaixada chegou/Deixa meu povo passar”, canta Chico Buarque, tomando para si antiga canção de Assis Valente, na abertura do Caravanas, o show que, desde a estreia no dia 14 de dezembro, em Belo Horizonte, vem lotando todos os locais onde é apresentado. Nos dias 30 e 31 de agosto, o brasiliense poderá assisti-lo no auditório master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Os ingressos começam a ser vendidos na próxima terça-feira (dia 8), na Fnac (ParkShopping), a partir das 10h; pelo aplicativo Ingresso Rápido e pelo site. Os preços são os seguintes: R$ 245 (poltrona premium), R$ 225 (poltrona vip), R$ 198 (poltrona superior) e R$ 160 (poltrona superior, visão parcial) — valores referentes a meia entrada.
O sucesso de Caravanas, assistidos por mais de 90 mil pessoas — entre Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo — se explica não só pela expectativa naturalmente criada em torno dos shows de Chico, afastado dos palcos desde 2012. O espetáculo mostra o cantor e compositor carioca, ícone da MPB, dialogando com seu tempo de forma aguda, com em alguns dos períodos mais marcantes de sua carreira.
Aqui, a expressão “seu tempo” tem sentido duplo. Por um lado, trata do momento de tensão política e social que o Brasil e o mundo atravessam. Por outro, “seu tempo” diz respeito ao tempo que o artista procura afirmar no palco, acima de qualquer cronologia — o “tempo da delicadeza”, como ele escreveu sobre a melodia de Cristóvão Bastos no clássico Todo sentimento — canção presente no repertório de Caravanas.
Contribui também para o sucesso do show a ótima repercussão do álbum homônimo, lançado pela gravadora Biscoito Fino nos formatos de CD e LP, considerado pela crítica o disco do ano, em 2017, que traz músicas como a polêmica Tua cantiga, Massarandupió, Desaforos, Injuriados e As caravanas — todas cantadas por Chico no show.
O roteiro abre espaço para músicas que de forma indelével marcaram a carreira de Chico, entre as quais A história de Lily Brown, A volta do malandro, Gota D’Água, Partido alto, Retrato em branco e preto e Sabiá. Sob a direção musical do violonista e arranjador Luiz Cláudio Ramos, a banda que acompanha o cantor, formada por nove músicos, tem entre eles o contrabaixista Jorge Helder, que iniciou a carreira em Brasília. O cenário é de Helio Eichbauer e a luz de Maneco Quinderé.