Intérprete peculiar, dona de bela voz, Belô Veloso está de volta à cena musical brasileira, após sentido hiato de alguns anos. Depois de lançar as recriações de Eu sei de cor (Marília Mendonça) e Firme forte (Psirico), ela acaba de chegar às plataformas digitais com com nova versão de É tarde demais, do Raça Negra, um dos maiores sucessos da década de 1990. O samba, parceria de Elias Muniz e Luiz Carlos (vocalista do grupo de pagode paulistano), é mais um single, que a exemplo dos dois anteriores, sai pela gravadora Biscoito Fino.
“Sou apaixonada por esta canção. Gosto muito do pagode dos anos 1990 e esse clássico do Raça Negra ficou no meu imaginário afetivo”, ressalta Belô, baiana de Santo Amaro da Purificação, filha da poeta Mabel Velloso, sobrinha de Maria Bethânia e Caetano Veloso, de quem é afilhada. “Ao regravá-la quis trazer frescor para É tarde demais, com uma levada pop acústico. Acredito que os anos 1990 são presença importante no novo cenário, por sua estética, sonoridade e força, que vai além da música. A influência é latente também em outros segmentos artísticos”, acrescenta. Ela assina a criação, concepção de arranjo e direção do single. O arranjo e o violão são de Luciano Salvador Bahia e o baixo de Natinho.
Em 25 anos de carreira, Belô lançou nove álbuns, participou de várias coletâneas, nos quais gravou composições de Caetano Veloso, Jorge Benjor e Carlinhos Brown, entre outros; e fez muito sucesso com Toda sexta-feira, de Adriana Calcanhotto. Trecho da letra diz: “Toda sexta-feira/ Toda roupa é branca/ Toda pele é preta/ Todo mundo canta/ Todo céu magenta…”. Em 2004, a cantora percorreu 30 cidades dos Estados Unidos com a turnê Women of Latin America, recebendo elogios do The New York Times.
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