Canções do eterno tropicalista ganham releitura do jovem cantor pernambucano
Uma das mais belas vozes da da nova geração da MPB, Ayrton Montarroyos aproveitou a longa quarentena, determinada pela pandemia da covid-19, para produzir uma série de lives temáticas, nas quais canta canções e conta histórias sobre grandes compositores brasileiros. Depois de Dona Ivone Lara e Lupicínio Rodrigues, ele se deteve sobre a trajetória e a obra de Caetano Veloso. Até outubro, a gravadora Biscoito Fino vai editar álbuns reunindo canções interpretadas por ele.
No álbum em que homenageia o compositor baiano, intitulado Caetano Veloso além do Transa, tendo João Camarero no acompanhamento, Montarroyos optou por gravar canções menos conhecidas do eterno tropicalista, entre as quais Nu com minha música, Queixa, Trem das cores, Onde eu nasci passa um rio, O homem velho, Onde o Rio é mais baiano, Clarice e Onde andarás — as duas últimas compostas com José Carlos Capinan e Ferreira Gullar, respectivamente.
“Caetano Veloso tem uma importância imensa na minha vida. Força estranha, por exemplo, é uma música que canto desde a adolescência. Para o repertório do disco escolhi as canções menos gravadas. A maior parte delas eu conhecia, mas tive que estudar as letras para cantá-las”, conta o jovem artista pernambucano, radicado em São Paulo.
Ayrton Montarroyos é profissional da música desde a adolescência. Em 2013 gravou o clássico Riacho do Navio, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. No mesmo ano fez seu primeiro show, no Teatro Beberibe, em Recife. Ao participar da quarta edição do The Voice Brasil, em 2015. foi um dos destaques, chegando à final. Uma das canções que cantou durante o programa foi Força estranha — gravada originalmente por Roberto Carlos.