TÉCNICOS DO BC FAZEM PROTESTO EM FRENTE AO MPOG

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Demanda dos servidores já foi objeto de acordos assinados com o governo federal e o Banco Central em 2005, 2008 e 2012, mas até hoje não saiu do papel

Para cobrar do governo e da direção da autarquia o cumprimento desses acordos, técnicos do BC farão protesto em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) durante as reuniões de hoje, quando o secretário de relações de trabalho no serviço público (SRT/MPOG), Sérgio Mendonça, receberá representantes dos servidores públicos federais para dar sequência ao processo de negociação das demandas das diversas categorias.

Em 2015 o Banco Central do Brasil (BC) comemora cinquenta anos de existência e os servidores da carreira de especialista completam dez anos de acordos assinados com o governo, mas não cumpridos até hoje. O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central (Sintbacen), Igor Nóbrega Oliveira, afirma que o caso dos servidores do Banco Central é um dos mais graves dentre as carreiras federais, pois os acordos assinados com os especialistas em 2005, 2008 e 2012 não foram cumpridos.

Dos cargos que compõem a carreira, o sindicato acredita que os técnicos são os mais prejudicados, pois há quinze anos esses servidores exercem atividades de nível superior de escolaridade e no entanto na lei 9.650/1998, que dispõe sobre as atribuições dos cargos do Banco Central, ainda consta que os técnicos são de nível médio.

“Na última década vimos diversos cargos serem reconhecidos legalmente como de nível superior, a exemplo de diversas carreiras policiais; mas apesar de as atribuições do nosso cargo terem aumentado em quantidade e complexidade, os concursos para técnico do BC continuam exigindo apenas o nível médio de escolaridade dos candidatos”, explica Igor.

O vice-presidente do Sintbacen, José Willekens Brasil Nascimento, servidor do Bacen há mais de trinta anos, explica que o “banco dos bancos” reconhece haver um déficit de técnicos em seu quadro funcional, mas, apesar disso, a cada concurso perde a chance de corrigir essa distorção e segue contratando Analistas para realizar muitas das atividades típicas do cargo de técnico. Na visão de Brasil, essa prática frustra servidores de ambos os cargos e reflete negativamente no clima organizacional.


Brasília, 12h17min

Vera Batista

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