Principal suspeito teria recebido propina de empresas que mantêm contratos com a estatal
Operação Choque, que apura a existência de uma organização criminosa na Eletronorte, começou hoje por meio de investigação conjunta do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. O principal envolvido ocupa cargo de gestão na estatal e é suspeito de fraudar contratos e licitações para beneficiar três grandes empresas. Segundo o MPF e a PF, o esquema envolve o possível pagamento de propina em troca de vantagens contratuais e licitatórias. Para receber o dinheiro, o investigado teria aberto uma empresa fantasma em nome de parentes. As investigações do MPF e da PF, com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), identificaram que a suposta empresa de fachada oferecia serviços de consultoria e de tecnologia em informática. O estabelecimento tinha CNPJ ativo, mas não possuía sede física e nem quadro de funcionários. Mesmo assim, mantinha conta bancária com grande movimentação financeira. Ao analisar a origem desses recursos, os investigadores descobriram que se tratavam de depósitos feitos por empresas que possuíam, direta ou indiretamente, contratos com a Eletronorte. Outro indício considerado no inquérito foi o fato de o principal suspeito e sua família manterem uma vida de luxo, embora a esposa não tenha nenhum vínculo empregatício. O patrimônio da empregado da estatal teve um acréscimo exorbitante nos últimos anos. Os sinais de riqueza também foram verificados em relação aos parentes do suspeito que aparecem como sócios proprietários da empresa de consultoria. As ações autorizadas pela Justiça Federal ocorreram nesta manhã nas cidades de Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Marília (SP), Porto Velho (RO) e Belo Horizonte (MG). Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e oito de busca e apreensão. Além da lavagem de dinheiro, o MPF e a PF investigam a prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e fraudes licitatórias. Neste momento, um dos objetivos dos investigadores é descobrir e identificar outros eventuais integrantes da organização criminosa e outros delitos que podem ter sido praticados na Eletronorte. Como o inquérito é sigiloso, outras informações referentes à investigação, bem como o nome dos envolvidos, não podem ser confirmados. Brasília, 15h06min
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