A Chapa 1, da CSP-Conlutas, venceu com 75% dos votos válidos a eleição para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. O atual presidente, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, foi reeleito com 6.501 votos, contra 2.139 (25%) da Chapa 2, da CUT e CTB, encabeçada por Agnaldo Rodolfo dos Santos. A Chapa 1 venceu em todas as 50 urnas. A margem de votos da chapa da CSP-Conlutas foi a maior das últimas eleições do Sindicato. Na General Motors, onde trabalham os dois candidatos a presidente, a CSP-Conlutas teve 67% dos votos contra 33% da CUT/CTB. Acompanhada por centenas de trabalhadores e ativistas, a apuração aconteceu nesta quinta-feira, dia 26, no Centro Esportivo Vale do Sol, na zona sul de São José dos Campos. Todo o processo eleitoral foi acompanhado por fiscais e mesários indicados pelas duas chapas participantes, o que garantiu a lisura do pleito. A votação aconteceu nos dias 24 e 25, nas fábricas e sede e subsedes do Sindicato. A diretoria eleita ficará à frente do Sindicato pelos próximos três anos (2015 – 2018), dando continuidade às lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores. Eleição durante greve
A eleição aconteceu em meio a uma das mais importantes greves dos últimos anos na região. Esta semana, os metalúrgicos da GM cruzaram os braços em protesto contra os planos de demissão da montadora. Nesta quinta-feira, após seis dias de greve, a empresa foi obrigada a recuar. “O fato de a eleição ter ocorrido durante a forte greve em defesa dos empregos realizada na GM é marcante para a história do nosso Sindicato, que sempre apostou no caminho da luta para alcançar as reivindicações da categoria”, disse o presidente reeleito, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá. O Sindicato dos Metalúrgicos é um dos fundadores da CSP-Conlutas e reconhecido como um dos mais combativos do país. A entidade representa cerca de 42 mil trabalhadores nas cidades de São José dos Campos, Jacareí, Caçapava, Santa Branca e Igaratá. “A vitória da atual diretoria mostra que os trabalhadores aprovam nosso projeto de luta e resistência aos ataques dos patrões e do governo. Vivemos um momento em que os trabalhadores têm de estar, junto com o Sindicato, à frente das grandes lutas por direitos”, conclui Macapá.
Brasília, 18h05min
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