A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará as contas da Previdência Social está autorizada a começar as atividades. No fim da tarde de ontem, o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (PMDB-CE), divulgou em plenário os nomes dos sete integrantes da comissão.
Eles foram escolhidos quase um mês depois de a comissão ter sido protocolada, em 21 de março, por iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS). Além dele, cinco parlamentares foram indicados pelos partidos: Hélio José (PMDB-DF), Rose de Freitas (PMDB-ES), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Lasier Martins (PSD-RS) e João Capiberibe (PSB-AP). Falta a escolha do representante do bloco moderador, composto pelos partidos PTC, PR, PSC, PTB e PRB.
O objetivo da CPI, segundo Paim, é mostrar que não existe o deficit da Previdência alegado pelo governo. É preciso esclarecer com precisão as receitas e despesas do sistema, além de “combater a fraude, a sonegação e a corrupção”, defendeu. Quando foi protocolado, em março, 58 dos 81 membros do Senado haviam assinado o requerimento de abertura.
De acordo com o regimento do Senado, a partir do início das atividades, a comissão terá 120 dias para realizar os trabalhos, que poderão ser prorrogados por mais 120. O funcionamento da CPI não influencia diretamente no andamento da reforma da Previdência, atualmente em discussão na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Enquanto a oposição aposta que a CPI comprovará que não existe deficit, os parlamentares da base aliada do governo acreditam que servirá para explicitar o buraco nas contas previdenciárias e que, se as atividades terminarem antes da matéria ser aprovada na Casa, servirá como um argumento a mais para explicar a necessidade da reforma. (AA)
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