blog_tp2 Twin Peaks tem a marca registrada do diretor David Lynch Cena de Twin Peaks

Vimos Twin Peaks pela primeira vez… e deu certo!

Publicado em Séries

Sem ter acompanhado as temporadas dos anos 1990, o Próximo Capítulo viu o início da série Twin Peaks deste ano e garante: pode ir sossegado que dá para entender tudinho!

 

Reviver o passado direta ou indiretamente para ser uma receita de sucesso no mundo dos seriados. Depois de continuar Gilmore girls e de flertar descaradamente com os anos 1990 em Stranger things, a Netflix traz de volta Twin peaks.

Cenas de Twin Peaks são repletas de violência
Cenas de Twin Peaks são repletas de violência

A série teve duas temporadas, em 1990 e 1991. A atração fez sucesso, ganhou status de cult e deu origem a outros produtos, como o livro Quem matou Laura Palmer? e o longa Twin Peaks: Os últimos dias de Laura Palmer.

 

Se você curte tramas de suspense e não se importa — ou até gosta —  de tomar um susto de vez em quando, assistir ao novo Twin Peaks não será problema, mesmo que você não tenha acompanhado o primeiro. As referências existem, mas elas são explicadas tim tim por tim tim para os novatos.

 

Mas afinal, o que é Twin Peaks?

Twin Peaks (vamos agora falar do novo produto, ok?) se passa nos dias de hoje e começa com uma perturbadora cena na qual o agente Dale Cooper (Kyle MacLachlan) ouve de Laura Palmer que eles se encontrariam 25 anos depois. A frase (pinçada do fim da última temporada original) é dita de trás para frente – aliás, acostume-se: isso é praxe para alguns personagens sinistros.

 

Agora, você vai precisar de resistência. Os dez minutos iniciais do primeiro episódio (ele é dividido em duas partes de cerca de uma hora, cada uma) são bem loucos, tal qual o cinema do diretor David Lynch, que também assina a série e deixa a marca autoral dele em cada segundo. Por bem loucos entenda-se: cenas desconexas, pouquíssimos diálogos e muitos silêncios. Para piorar, há muitas referências ao passado, mas (calma!) elas serão esclarecidas em seguida.


A ação pula no tempo e no espaço várias vezes. Assim, o público acompanha seis mortes nos dois episódios — todas com direito a sangue, violência explícitos e close nos cadáveres (às vezes putrefeitos), vale ressaltar. Os assassinatos do presente acabam nos levando ao mesmo ponto do passado: Dale e Laura Palmer.

 

Os mistérios para Dale (Atenção para spoilers. São leves, mas estão aí!)

 

Um dos mistérios apresentados no primeiro capítulo é a tal caixa de vidro que parece ser a conexão entre presente e passado (em se tratando de David Lynch, não me arriscaria a dizer que não vem futuro por aí). O local onde ela está instalada é cercado de segredos e tem várias interpretações: é palco para um encontro entre jovens que se amam e cenário para uma aterrorizante aparição de Laura Palmer.

 

A participação do diretor da escola no assassinato de uma senhora, que ele nega conhecer, embora haja digitais dele pelo apartamento dela todo. O pior é o ar de triunfo da esposa dele ao saber de tudo isso.

 

As mensagens ditas por Margareth (quem é essa senhora?, a gente se pergunta várias vezes) à Polícia — sempre em tons de confidências — são mais questões a se responder. “Há alguma coisa faltando. Você tem que encontrar”, alerta a senhora antes de o delegado se deparar com um corpo dilacerado.

O que sabe essa senhora? Esse é um dos mistérios de Twin Peaks
O que sabe essa senhora? Esse é um dos mistérios de Twin Peaks

Na sala onde Cooper está preso há 24 anos há uma espécie de árvore eletrônica que dá dicas ao investigador. Assim como Margareth faz com o delegado Hawk. Aparentemente, a caixa de vidro, a senhora e a árvore estão ligados. Será?

 

É preciso estar atento a cada detalhe de Twin Peaks e ter muito estômago forte para acompanhar o seriado, especialmente se sua televisão for 3D.