Quando estreou, em setembro de 2005, a série Supernatural poderia ser apenas uma aposta da tevê. Ao longo de 14 anos de exibição, o seriado se firmou, conquistou uma legião de fãs fiéis e colocou Jensen Ackles e Jared Padalecki, que interpretam os protagonistas Dean e Sam, respectivamente, entre os atores mais bem pagos da tevê norte-americana.
A partir da próxima terça-feira, 22 de outubro, a produção começa a encerrar a trajetória com o lançamento da 15ª temporada, a última da história dos irmãos Dean e Sam Winchester, que, durante esse período, enfrentaram todos os tipos de criaturas sobrenaturais: vampiros, fantasmas, demônios, anjos caídos e troca-peles. A estreia no Brasil chega 12 dias depois do lançamento nos EUA.
A temporada estreia com o capítulo intitulado Back and to the future (De volta e para o futuro, em tradução livre). O episódio começa exatamente de onde a 14ª temporada foi encerrada, quando Deus (Rob Benedict) estala os dedos e traz de volta monstros e demônios do passado dos irmãos. Caberá a Dean e Sam, ao lado do anjo Castiel (Misha Collins), defenderem o mundo de todas as almas libertadas do inferno.
“Começamos de onde paramos, momentos após o final da 14ª temporada. Esperamos satisfazer essas pessoas que têm ficado conosco todos esses anos”, avaliou o produtor Robert Singer durante entrevista na San Diego Comic Con. Na mesma oportunidade, Jared Padalecki falou sobre a perspectiva dos personagens: “Sam está acostumado com a ideia de que vai ter que lutar todos os dias. Sinto que isso tem me inspirado como pessoa, de entender que, às vezes, a vida é péssima, mas você precisa seguir em frente”.
O desenrolar da temporada também será uma espécie de crise existencial para Sam e Dean, que vão questionar a real missão deles na Terra. “Eles sempre sabiam o que fariam, mas agora não têm certeza sobre as origens da missão. Por esse motivo, acho que eles têm várias cenas em que questionam as próprias identidades e a própria validade. De certa forma, é como se eles vivessem em uma fantasia paranoica”, adiantou Eugenie Ross-Leming, também produtora de Supernatural.
Em um ano em que a televisão se despediu de sucessos como Game of thrones e The Big Bang Theory, agora é a vez de Supernatural. A dúvida é: de que lado a série estará? Das que terminam bem, ou das que terminam mal? O elenco espera que a conclusão da saga agrade aos fãs. “Quero que as pessoas entendam realmente. Quero que seja um final que pareça realmente que tenha terminado, não um com uma perspectiva de uma nova história. Quero um final que pareça um final e que seja heroico”, disse Misha Collins na San Diego Comic Con.
Para Jared, durante muito tempo, ele quis que os irmãos Sam e Dean morressem no último episódio. O protagonista disse que esse sempre foi o seu desejo em relação ao fim da narrativa dos personagens em Supernatural. “Durante muito tempo, tenho falado em público que espero que eles morram no final. Na minha cabeça, eu estava pensando que eles deveriam morrer, porque se não eu queria continuar a vê-los brigando, assistindo à história deles… O fato é que quero que eles tenham alguma versão de paz no fim da história”, comentou.
Motivo do sucesso
Há 14 temporadas no ar e chegando à 15ª, Supernatural se tornou um dos grandes hits da televisão. Os motivos do sucesso são vários. A começar pela abordagem da trama, que coloca semanalmente na tevê uma atração de terror com elementos que façam o público continuar engajado. “Quando o programa começou, a missão era colocar muito dinheiro em produção e fazer com que parecesse bom, então acho que realmente inovamos com essa série. Realmente abordamos isso e construímos uma pós-produção que realmente trabalhou na natureza física do horror”, avaliou Eugenie.
Além do aspecto de horror, a produção mergulhou na questão psicológica e nos sentimentos dos personagens, outro ponto de destaque. “Como escritor, você percebe que tem que escrever também sobre as personalidades e a psicologia das pessoas que vivem nesse universo. Assim, acabamos revisitando o drama, que é o amor entre os membros da família, as esperanças, os sonhos, as promessas, a honra e o engano. Você coloca tudo isso no programa apenas empacotado como um gênero de terror de forma elegante”, completou.
Misha Collins concorda com a produtora e destaca a abordagem diferenciada em relação ao trio de protagonistas. “Acho que é interessante o fato de explorar a masculinidade de uma perspectiva diferente do que normalmente é visto na televisão. Supernatural é sobre fraternidade, tanto no sentido literal quanto no mais amplo do termo. Existem milhões de fatores que vão para a longevidade da série, mas o fato de estarmos explorando temas que não são explorados em outro lugar provavelmente ajudou”, define o intérprete de Castiel.
Maratona
Neste domingo (20/10), a partir das 6h, a Warner exibe a maratona da 14ª temporada de Supernatural. Os novos episódios serão exibidos sempre às terças, às 21h40.
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