Lançada em outubro de 2012 nos Estados Unidos, a série Arrow é um divisor de águas no mundo dos heróis na tevê. Após um período sem grandes produções da temática, o seriado do Arqueiro Verde deu o pontapé para uma leva de narrativas de super-heróis, tanto na DC, quanto na concorrente Marvel. Foi após Arrow que surgiram The Flash, Supergirl, Agents of S.H.I.E.L.D., Demolidor, Gotham, entre outros.
“Geramos muitos outros programas de super-heróis. Esse será o nosso legado. Tecnicamente, nós estávamos aqui primeiro. Sim, houve outros shows, como Smalville, mas conseguimos encontrar uma fórmula, que foi repetida em outras séries. Isso se deve ao incrível roteiro e ao trabalho dos produtores-executivos Greg Berlanti, Marc Guggenheim, Wendy Mericle e Beth Schwartz. Eles foram capazes de planejar um programa emocionante e bem-sucedido ao mesmo tempo. Esse é o nosso legado”, avalia Rick Gonzalez, que interpreta há algumas temporadas Rene Ramirez, o Wild Dog, durante entrevista na Comic Con San Diego.
A partir deste domingo (27/10) no Brasil, Arrow começa a encerrar essa trajetória histórica com o lançamento da oitava temporada. Diferentemente de outros anos, essa será uma temporada menor, com apenas 10 episódios. Por isso, o elenco garante que a narrativa terá capítulos com muita ação e com um ritmo rápido.
Isso porque a série precisa responder alguns questionamentos, como alguns que são adiantados por David Ramsey, o John Diggle. “Para Diggle, existem algumas perguntas que precisam ser respondidas. O que vai acontecer com o relacionamento entre Diggle e a esposa? Os dois filhos no futuro, onde está Diggle e o que está acontecendo? Terceiro, ele é ou não o Lanterna Verde? Todas essas respostas estão na oitava temporada, o que significa que há muito a amarrar nos 10 episódios finais”, diz.
Esse grande número de perguntas e respostas na produção faz com que Arrow ganhe um olhar mais de cinema na temporada final. Segundo Katie Cassidy, a impressão é de que foram feitos 10 longas-metragens. “A oitava temporada é muito cinematográfica. Cada episódio é como um filme. Todo episódio é muito agitado”, afirma Katie Cassidy, a eterna Laurel. Nesta temporada, a atriz, inclusive, foi diretora de um dos episódios. Ela estreou no cargo no capítulo 3.
Em sua última temporada, Arrow sofre as consequências do encerramento da sétima sequência. O capítulo começa com Oliver (Stephen Amell) tendo que assumir uma missão dada por Monitor (LaMonica Garrett), que, diz, que caberá ao Arqueiro Verde equilibrar a balança no multiverso buscando a estrela anã.
Assim, o personagem é transportado para a Terra-2. É, neste momento, que a produção faz um grande agrado aos fãs. O público revê momentos do primeiro episódio exibido há sete anos. É como se no fim, a série voltasse ao começo.
Isso acontece porque na Terra-2 Oliver não sobrevive ao acidente. Então, o Oliver, de Arrow, pode assumir esse espaço, e o que a série faz é mostrar como o personagem é encontrado e retorna ao lar, para assim, conseguir cumprir a missão.
Desse jeito, Oliver interage com personagens que estão mortos na realidade de Arrow, mas vivos na Terra-2, como Moira Queen (Susanna Thompson) e Tommy Merlin (Colin Donnel). Esse recurso é ótimo para os fãs, que são transportados aos momentos áureos de Arrow, e também para a história, já que Oliver acaba se atrapalhando por conta desse “passado”.
Como adiantado pelo elenco, o ritmo do episódio é acelerado. Muita coisa acontece, tanto na Terra-2, quanto na Terra original da série. Enquanto o espectador vê Oliver enfrentar desafios para conseguir pegar a estrela anã na linha temporal atual, na outra linha do tempo acompanha os flashfowards (imagens do futuro) do novo time Arrow — formado pelos filhos dos principais heróis — em 2049, quando JJ (Charlie Barnett) comanda uma gangue vestida como o Exterminador que aterroriza Star City.
Esse é outro aspecto interessante: o público ter a oportunidade de ver mais sobre os filhos de Oliver, Connor (Joseph David-Jones) e Mia (Katherine McNamara), que, no futuro, repetem o legado do pai. Essa narrativa também pode abrir uma alternativa para que a série continue viva mesmo após o fim. Será que já estão pensando num spin-off?
A estreia da última temporada de Arrow é bastante redonda e lembra o início da série, ou seja, o momento em que a boa parte dos fãs se apaixonou pela trama. Além disso, abre o caminho para uma narrativa de conclusão que tem tudo para ser interessante e deixar pontas para as outras produções, principalmente, por conta do crossover Crises nas Terras Infinitas, que começa a ser exibido em dezembro nos EUA e segue até janeiro — ainda não há confirmação das datas de exibição no Brasil.
Para acompanhar
Arrow será exibido no Domingo heroico da Warner Channel, às 23h15, logo após Flash.
*As entrevistas citadas no texto foram feitas na San Diego Comic Con de 2019 e cedidas ao blog pela Warner Channel
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